TEMPLO DOS LIVROS
Livro: Objetos Cortantes
Autor: Gillian Flynn
Páginas: 254
Editora: Intrínseca
Ano: 2015
Classificação: 5+ - Favorito
Sinopse: Skoob
Essa é mais uma daquelas resenhas que são difíceis de fazer porque o livro é tão bom que você não sabe nem por onde começar.
Em Objetos Cortantes nós somos enredados pela história de Camille. Camille Preaker é uma repórter que trabalha em um jornal de Chicago onde a mesma reside em um apartamento na cidade. Camille não é lá uma grande repórter, mas tem uma boa reputação no trabalho em geral. No jornal, o seu departamento é o investigativo. (Talvez) não que ela queira, no entanto, é algo que ela se dá muito bem.
Então Curry, o chefe de Camille, a pede que vá até Wind Gap e desvende o mistério do assassinato de duas adolescentes. Com muita relutância, Camille aceita. Desde que saiu de Wind Gap ela prometera nunca mais voltar, contudo, essa promessa terá de ser quebrada.
Voltar à Wind Gap para Camille não significa apenas voltar para a pequena cidade onde nasceu e viveu a infância, mas também significa reviver as memórias de quando brincava com Marian, sua irmã, que está morta e todo o processo que o luto lhe trouxe, conhecer a meia-irmã Amma, lidar com o difícil relacionamento sua mãe, enfrentar as pessoas e as memórias do passado além de lidar com os seus próprios demônios. Ela sabia que não seria fácil, mas não imaginava que pudesse ser tão difícil.
Objetos Cortantes é o livro de estreia de Gillian Flynn, a autora de outros livros incríveis como Lugares Escuros, O Adulto e principalmente do meu favorito, Garota Exemplar. Este último é um livro que amo profundamente e Objetos Cortantes teve esse mesmo amor.
Flynn tem essa coisa de criar protagonistas femininas que sugam o leitor até a última página e você não respira quando acaba. Você continua perplexo, sem fôlego se perguntando como isso é possível. Características que também atribuo ao mestre do terror, Stephen King, o qual também elogiou a autora.
A escrita de Gillian é cruel, nua, visceral e verdadeira. É como se cortar com uma faca. Você fica impressionado com o sangue e pensa em como é possível aquilo ter acontecido, logo quando você é cuidadoso ao usar a faca todos os dias. A sensação que tenho é como se a autora me desse um bom tapa na cara e dissesse: essa é a verdade e é assim que isso termina. Aceita. Aí depois, eu fico impressionado e logo em seguida, estou implorando mais um tapa, porque gosto de apanhar. (Riso alto). Masoquista? Sadomasoquista, talvez? Não importa, mas é isso que vou sentir toda vez que ler algo dela e eu nem preciso dizer se recomendo.
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