TEMPLO DOS LIVROS
Livro: A Fraternidade
Autor: Fernando Luiz
Páginas: 300
Editora: Skull
Ano: 2018
Classificação: 3/8 - Bom
Sinopse: Skoob
Eu só conhecia, ou a maioria, histórias romanceadas sobre vampiros — o que não é ruim —, mas eu também precisava resgatar a sua essência pioneira e primordial: um vampiro com traços de humor negro, seriedade, maldade e sangue... E encontrei em um livro NACIONAL!
Primeiro, gostaria de dizer que gosto muito do título, simples, curto e enigmático sem revelar muito e segundo, a capa é maravilhosa né?
Fernando Luiz nos brinda com uma história onde o ambiente é a Romênia, lar dos vampiros. Após a morte de Vladislau, a boa paz entre as raças rivais vampiro e lobisomem formada em comum acordo com o caçador e lobisomem Van Helsing, está finalmente quebrada e há uma tensão muito grande em que essas raças possam vir a entrarem em guerra novamente. Os anciãos então ordenam Igor, o lacaio do Conde, que encontre alguém que possua o sangue puro e vampírico de Drácula e eis que ele acha Vladmir Notoryev.
A história continua quando Vladmir descobre ser o Conde de Dracul.
Eis que conhecemos Dimitri Skapov, um rapaz que está pronto para viver a conturbada vida de um universitário comum, e no caso, a vida de um rapaz que cursará Direito. Na fraternidade ele faz amigos e conhece um novo possível amor e tudo está para ser destruído perante sua primeira festa como calouro após ele conhecer Alira e descobrir seu segredo. Alira é a líder da casa mais festiva do Campus. E como se toda essa loucura não bastasse, Dimitri acaba descobrindo um novo mundo além do seu e que sua vida agora é outra, ele faz parte desse novo mundo e agora só ele pode salvar todo o mundo de um mal que está por vir.
O resto vocês descobrem lendo!
Quero ressaltar que, apesar de boa parte Dimitri ser protagonista, ele me deu raiva em alguns momentos e eu queria bater nele. Entretanto, tem dois personagens que eu amei que foram Vladmir Notoryev e Alira Sangê. Acho que no caso da Alira deva ser porque eu tenho um fraco por vilões e ela foi muito bem construída e nos diálogos também.
A narrativa do autor flui normalmente, o que é ótimo, mas senti que as informações foram jogadas às pressas, as informações importantes. Eu ficava impactado, mas não tinha tempo para digerir porque quando continuava a leitura, no outro capítulo tinha outra coisa acontecendo e eu precisava prestar atenção nesse novo acontecimento sem ter digerido o anterior, o que atrapalha o entendimento da história e o livro é uma sucessão de eventos interligados, então tive certa dificuldade, mas deu tudo certo.
Outra coisa que gostaria de ressaltar são as ótimas referências ao livro Drácula de Bram Stoker (que ainda não li, porém quero), as explicações sobre o vampirismo e suas transformações, inclusive dos lobos também e a ambientalização da Romênia e o Castelo de Bram. Esses dados deram um aperitivo maravilhoso à história, além de trazer a essência dos vampiros que conhecemos desde pequeno. Nada de Crepúsculo (apesar de gostar), você será servido com uma taça de sangue e morte ao ler essa história. Pois bem, erga a taça, beba e sente-se, pois eu recomendo a leitura deste livro!