TEMPLO DOS LIVROS

Por acaso, você é uma daquelas pessoas que fita a paisagem ou outras pessoas através da janela de um carro, ônibus ou outro transporte? Você chega, às vezes, criar histórias sobre o que vê através da janela? Bem, se sim para as duas perguntas, então saiba que somos iguais.

 

Paula Hawkings nos presenteia com seu livro de estreia A Garota no Trem e, diga-se de passagem, tornou-se um best-seller mais rápido do que quando brincava de pique-esconde, onde você contava ate cinquenta devagar ou cem rápido, para depois ir procurar as pessoas. (Risos). É uma comparação da época de infância!

 

Enfim, aqui temos um suspense psicológico narrado por três fortes mulheres, cujas personalidades e ambições são completamente diferentes – o que torna tudo melhor ainda. Rachel, nossa personagem principal número 1, alcoólatra e de forte personalidade, Anna, a esposa atual do ex-marido de Rachel e Megan, nossa doce querida Megan, perdida em sua mente, impulsiva e esposa de Scott.

 

A trama basicamente, e sem dar spoiler, é a vida triste e depressiva de Rachel, que viaja de trem de segunda a sexta todas as manhãs no mesmo horário com destino para Londres. Acontece que numa certa data, como de costume, ela observa Megan e Scott, pois o trem para sempre no mesmo sinal de frente para a mesma casa e ela nota algo estranho. Quando percebe, Megan Hipwell está desaparecida e ela começa a fazer parte do mistério e da investigação, lutando com seu problema com a bebida e lapsos de memória.

 

Quando comecei o livro, achei que teria dificuldade para entender a trama, os personagens, tudo, mas a narrativa parece muito com a nossa, flui tão rápido que eu não larguei nem pra respirar. (Risos). É engraçado que se o livro não fosse traduzido, eu diria que foi uma escritora brasileira que escreveu, as palavras são bem parecidas do Português. E gostaria de terminar a resenha com esse quote maravilhoso: Uma para a tristeza, duas para alegria, três para menina, quatro para menino, cinco para prateado, seis para dourado, sete para um segredo a nunca ser revelado.